Em casa de ferreiro... espeto de pau?!
Existe todo um ritual para uma prazerosa leitura dum livro. Não basta pegar num exemplar qualquer e pôr-nos a ler. Tudo requer um processo de várias etapas. Desde a escolha do mesmo, passando pelo título. A capa se é ou não sugestiva, sim também conta! E as críticas, dessas nem se fala o quanto importantes são. Ah... já me esquecia o tema, se nos interessa ou não.
Depois confortavelmente instalada(o) na cadeira preferida, sofá, cama... quem diz cama diz transportes públicos ou até mesmo na pausa para o almoço.
Mas mesmo bom é poder ser no conforto da nossa casa.
Munidos de uma mantinha estrategicamente colocada nas pernas, para estes dias de frio que ainda se sentem. Uma bebida quente ao lado e quiçá qualquer coisa para petiscar entre páginas...
E a hora chega... aquele momento tão ansiado para se saber o que aconteceu à personagem principal...
Pega-se no livro e lançamo-nos na procura da página onde tinha ficado suspenso o... e...
E é quando reparamos que já não sabemos aonde ficámos... Tínhamos fechado à pressa o livro e sem nada ao pé para marcar, nem sequer um oferecido pelo próprio editor.
Nada...
E muito menos fazer aquela dobrinha no canto da página... isso nem pensar... se o livro nos tiver sido emprestado...
É nestas alturas que um marcador de livros faz imensa falta.
Não faz?
Sabem aquele velho ditado...
Em casa de ferreiro, espeto de pau?
Pois...
Era o que por aqui se passava... Ora eu que tanto gosto de pintar, como é possível ainda não ter feito um marcador de livros?! Incrível...
Que distracção..
... que vergonha...
Mas o povo é sábio e também diz... que nunca é tarde para começar!
E assim fiz, pus mãos à obra.
Papel, tintas acrílicas, pincéis e lápis não faltam cá em casa. Encontrado um desenho a gosto foi hora de dar largas à pintura.
Agora sim... já tenho um marcador de livros como deve de ser!
E sabem que mais?!
Não é que agora fiquei com a ideia e a vontade de fazer umas etiquetas para o Natal?!
Esta cabeça não pára...