Compota de Nêsperas
O bom dos fins de semana prolongados é nos permitir ter um pouquinho mais de tempo para se desfrutar, com qualidade, daqueles pequenos momentos que de outra maneira não nos é... como que... permitido. Dois dias que passam a correr, para além das tarefas óbvias, pouco tempo ou senão mesmo nenhum resta para outros prazeres.
Se juntarmos duas semanas seguidas com fins de semana prolongados... é quase como nos sair um prémio da lotaria... calculo!
Nestas alturas sabemos sempre como aproveitar o tempo.. bem esticadinho para se chegar a todo o lado!
E o que nos deu para fazer? Compota de nêspera.
Como todas as compostas requerem tempo para a sua confecção. Daí que se aproveitou um destes dias e pusemos mãos à nêspera!
Há anos que não se fazia cá em casa. Uma das razões prende-se por as nêsperas de compra às vezes serem um fiasco. Têm uma aparência linda... grandes, mas depois o sabor... insípidas. Outra das razões, a nespereira até então tinha produzido tão pouquinhas que o que dava... os melros eram sempre os primeiros e quase únicos exclusivos a prová-las. Já este ano... a nossa "menina" foi um amor!
Simpática e generosa proporcionou-nos umas nêsperas do mais docinho que há. Consolo à barriga e ao peito... assim diziam os antigos.
Claro que não são tão grandes e vistosas como as que se encontra nos supermercados. Mas são seguramente mais doces e nossas... portuguesas!
Dá para ver que o frasco já ia a meio para a foto... Difícil... difícil é para de comer. O mal é começar!...
Compota de Nêsperas
Ingredientes:
1,5 kg de nêsperas
1 kg de açúcar
3 dl de água
1 estrela e anis
Preparação:
Lavar bem as nêsperas e escalda-las em água fervente. Transferir depois para uma tigela com água fria, retirando-lhes a pele e os caroços. Cortá-las às fatias. à pare, levar ao lume o açúcar com a água e a estrela de anis. Deixar ferver cerca de um minuto. De seguida, juntar as nêsperas e deixar ferver em lume brando até obter ponto pérola. Retirar do lume e guardar em frascos esterilizados.
Assim dizia a receita... tirada de uma revista da especialidade!
Mas... por aqui tem-se sempre o hábito de alterar, adulterar as proporções das receitas e esta não foi excepção!
Para além das proporções alteradas, fizemos com mais quantidade, a estrela de anis foi outra das vítimas a ser substituída por um pau de canela. Não se encontrou à venda, em lado nenhum... o raio das estrelas de anis! Não sei qual seria o sabor com a dita... mas com a canela ficou sublime!
As nêsperas não foram escaldadas, nada... lavadas e retirou-se à mesma pele e caroços. Mergulhou-se sim em água fria enquanto se descascavam.
A meio do tempo da confecção e como as nêsperas não se desfaziam... nada melhor do que um esmagador de batata. Aquele utensílio para fazer puré de batata manual foi essencial para esta fase.
E o ponto não foi o de pérola mas sim o de estrada.
O resto foi igual... guardou-se em frascos esterilizados e com um pequeno pedaço de papel vegetal , recortado à largura da boca do frasco e colocado por cima da compota.
Bon appetit!