Passei pelo blog da Marta e a propósito do seu post... Lembrei-me que, em tempos idos, numa altura em que ainda não tinham inventado as redes sociais... E não não sou assim tãaaaaoooo mais velha do que quem se calhar vá ler este post.
Também eu e na altura a minha avó, termos aceite sermos abordadas por duas senhoras que professavam a sua religião (Testemunhas de Jeová).
Não tendo nada contra, pois, sou pessoa bem resolvida! Não sendo isto uma crítica ou nada semelhante. E cada um é livre de acreditar e fazer o que quiser, desde que não invada a liberdade do próximo. E o que é verdade para uns não significa que a mesma seja para outros. Isso é o bom de se viver numa sociedade civilizada e open minded como a nossa. Assim quero acreditar!
E seguindo os ensinamentos passados pelos meus pais e avós de que se deve dar sempre uma oportunidade ao outro de falar, esclarecer, partilhar os seus pensamentos... mesmo que não vão de encontro àquilo que acreditamos ser a nossa verdade... Mas há coisas ditas/escritas que podem ser consideradas desvirtualização da realidade.
Nessa bela tarde de finais de verão, era eu miúda aí para os 10 anos e estávamos as duas sentadas num banco do jardim. O mesmo ficava em frente à casa dos avós. Tínhamos vindo do jardim botânico, que ficava a umas escassas centenas de metros do tal outro jardim e antes de voltarmos para casa, aqui a miúda, deliciava-se com um gelado. É quando surgem as tais duas senhoras.
Amavelmente, a minha avó deu-lhes permissão para conversarem connosco, sem antes avisá-las... digamos assim... que tínhamos pontos de vista divergentes dos delas.
É claro que a ideia, da parte delas, nunca passaria por ficarem ali há conversa acerca do tempo, ou se eu gostava mais do gelado de chocolate ou do de morango.
A ideia mesmo era... peço desculpa a quem ler e não concordar... mas a ideia com que fiquei dessas duas senhoras é a de que nos estariam a tentar "vender" a ideia de que o que elas profetizavam é que era a verdade. Pura e absoluta. Lá está, somente a minha opinião e vale o que vale.
Conversa puxa conversa, muito em parte baseada na maldade humana e que tudo iria em breve mudar... até que às tantas se saem com uma afirmação em tudo igual a esta...
"Acredita! Um dia verás os leões a comerem somente erva." Ou seja, a avaliar pelas suas palavras e contrariando a sua natureza, iriam muito em breve se tornar também eles vegetarianos.
Ora... sabendo que os leões são mamíferos carnívoros, vá lá que se calhar algum, tal e qual os gatos e os cães domésticos, de vez em quando, lá coma uma ervita ou outra para se purgar... Isso não faz deles animais cuja alimentação predomina nos vegetais e afins. Certo?
Será que, quando nos querem vender a premissa de que um dia os leões comerão erva, poderá ser isso denominado de desinformação, sensacionalismo... Fake news?...
Será que, por ser apologista da defesa do meio ambiente e de que cada espécie deve estar no seu habitat natural e seguir a sua vidinha em paz, como tal, terei uma mente castrada, limitada e condensada a ideias preconcebidas naturalistas? Mesmo sendo a mesma também baseada em factos comprováveis, metódica, analítica e experimentalmente?...
É por estas e por outras que depois uma pessoa é tida como o São Tomé....
Confrontada com este post da União Zoófila, na sua página do facebook...
Fiquei sem palavras...
Ou melhor, palavras não me faltaram para descrever o/a energúmeno que as proferiu...
Não resistimos. Temos de contar.
Temos de contar sobre alguém ter desistido de adoptar um gato preto na União Zoófila porque, sendo o chão da cozinha também escuro, receava confundir o gato com o chão e ser incapaz de distinguir o primeiro.
Pronto. Contámos.
E o que temos a dizer diz o olhar da Shiva por nós. A sério? Sim, Shiva, a sério.
A Shiva é belíssima. E é mais uma prova de que o leopardo preto não está efectivamente extinto.
A Shiva espera por uma família na União Zoófila.
Dias de adopção de gatos ao cuidado da União Zoófila são as terças-feiras, as sextas-feiras e os domingos, entre as 14h00 e as 17h00. (Independentemente da cor do chão da cozinha de quem quer que seja)
A Shiva, como tantos outros animais, está para adopção.
Responsável, digo eu...
Para além da União Zoófila, existem n associações onde podem encontrar à vossa espera, gatos e/ou cães, que só pedem uma única oportunidade para mostrarem o quanto amor têm para dar, mesmo quando roem o sapato, fazem xixi no tapete... ou pior arranham o sofá.
Mas primeiro pense...
Verifique a cor do chão das suas assoalhadas... ou não vá tropeçar...
Por amor da Santa...
Seja responsável no ato de adoptar e já agora...
Existem melhores desculpas do que a cor do chão...
Sabem aquele vosso amigo que confia mais nas vossas capacidades do que, muitas das vezes, vocês próprios?!
Pois...
Tenho a felicidade de poder dizer que tenho um assim! Já aqui tinha falado dele.
Estávamos em dezembro do ano passado, por alturas do natal, e ainda só se tinham passado uns cinco meses desde que comecei a desenhar a lápis de cor. Proporcionou-se poder-lhe amostrar, ao vivo e a cores, um dos desenhos dos meus gatos, pois pela net já os tinha visto.
Conversa puxa conversa...
Quando de repente... vira-se para mim e como por artes mágicas, saca da sacola, não um coelho, mas um pedido de...
Faz-me o meu retrato!
E fez-se... freeeeeeze...
Mas eu nunca fiz um retrato.
Balbuciei...
Os únicos que tenho experimentado são com gatos, principalmente os meus e ainda tenho muito a aprender. Só a título de exemplo... melhorar a técnica do traço. Afinal, sou só uma mera curiosa autodidacta. Dos tempos livres que vou dispondo. Ainda não me tinha atrevido quanto mais pensado desenhar alguém. Quem quer que fosse.
Mas ele...
Com a sensibilidade inata de um poeta e escritor, simplesmente disse-me...
Tu vais conseguir! Eu confio em ti e nas tuas capacidades! Leva o tempo que precisares!
Duvidei e muito se conseguiria ter "unhas para tocar esta guitarra". Comecei-o em janeiro, mas só depois de devorar n tutoriais de como desenhar um retrato. Quanto mais via com mais dúvidas ficava.
Acabei-o quarta feira passada à noite.
O sentimento que fica, para além de "dever cumprido" é o de superação. E se no início pensei que não ia conseguir, agora, estou nas nuvens!
Epá até que sou boa nisto!
Fica também aquela sensação de que não o queremos dar como pronto. Que ainda falta acrescentar mais um detalhe. E volta não volta... Volta-se a olhar prá folha, só para se ter a certeza de que o tal pormenor não nos escapou!
Ainda nem acredito que consegui!
Yeaaaahhhhhh!!!
Ah é verdade!
Ele gostou!
Algumas fotos de como foi evoluindo o desenho
Nunca pensei que para se conseguir um tom de pele, o mais parecido com o da fotografia que usei para me regular, fossem precisos tantos lápis. Devo, para tudo, ter usado uns 30 lápis.
Engraçado é que se pensei que o cabelo e barba iriam ser onde teria menos dificuldades a desenhar, depressa mordi a língua!